O processo de aprendizagem envolve, sobretudo, dois lados. De um, professores capacitados e motivados, e do outro alunos com o coração e mente aberta, dispostos a aprender. Quando há esse encontro, aliado a materiais didáticos de ótima qualidade, as chances de uma formação sólida são grandes.
Existe, porém, um terceiro ponto que pode fazer toda a diferença nessa abordagem educacional: o ambiente de aprendizado. Os espaços onde se conectam educadores e aprendizes têm a capacidade de potencializar esse processo, tanto para cima quanto para baixo.
Em síntese, ambientes agradáveis favorecem a absorção dos novos conhecimentos, enquanto ambientes sem aquela harmonia essencial podem dificultar essa evolução.
É por esse motivo, inclusive, que o assunto biofilia em ambientes educacionais está ganhando forma dia após dia.
Escolas cada vez mais verdes
Estudos variados mostram a importância da presença da natureza em ambientes diversos de aprendizagem, uma vez que melhoram a qualidade de vida e bem-estar de funcionários e alunos. E, assim, beneficiam o aprendizado como um todo.
Por exemplo, um estudo britânico publicado em 2017 pelo Royal Institute of British Architects (RIBA) mostrou que, quando os ambientes são projetados com uma atenção diferenciada, o impacto positivo e aumento da produtividade ficam ao redor de 15%.
Outro exemplo, agora mais focado em design biofílico, vai na mesma direção. O estudo da Sociedade Americana de Ciências Horticulturais fez um comparativo da avaliação dada pelos alunos em duas salas de aula iguais. A única diferença era que uma incluía plantas tropicais, enquanto a outra não tinha nenhum tipo de vegetação.
O resultado? Os aprendizes que estavam perto das plantas avaliaram não só o curso como o professor de forma bem mais favorável do que a outra turma. Além disso, afirmaram que se sentiam mais envolvidos. No mínimo curioso, não é mesmo?
Nem é tão complicado assim compreender. Trata-se de um efeito dominó. Ambientes cercados pela natureza, com uma qualidade estética diferenciada e, também, funcionais, geram boas sensações e maior contentamento das pessoas. Esses bons sentimentos se traduzem em maior concentração, foco e, por consequência, maior aprendizado.
Cuidados essenciais para ambientes de aprendizado saudáveis
Quem disse que as construções devem ser predominantemente cinzas? A decoração com plantas e jardins verticais é uma forma de colocar adultos e crianças em contato com a natureza e despertar boas sensações como calma, leveza e paz. Estudar com esses elementos por perto, sem dúvida, faz toda a diferença.
Além de dar um estilo próprio ao ambiente, as plantas minimizam os efeitos de ruídos externos, que podem prejudicar a concentração, melhoram a qualidade do ar e deixam os espaços mais frescos, principalmente em dias mais quentes de primavera e verão.
A entrada de luz natural a partir de janelas grandes e a boa circulação de ar em lugares fechados também são medidas simples e que contribuem e muito para um ambiente mais adequado para a aprendizagem.
E vista externa para gramas, árvores e águas também são detalhes preciosos nesse sentido. Aqui também vale acrescentar a utilização de elementos naturais nas composições, seja de móveis ou decoração, tanto externa quanto interna. Madeira e bambu são dois bons exemplos de itens naturais que dão beleza e funcionalidade.
Com a maior conscientização da importância da biofilia em nossas vidas, pais, professores e alunos já levam em conta todos esses fatores na hora de escolher um ambiente de aprendizagem. Portanto, vale a pena o investimento.
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