O tema sustentabilidade tem crescido substancialmente nas últimas décadas. E, como não poderia deixar de ser, dentro do mercado imobiliário, o assunto também tem avançado.
Num primeiro momento, o foco estava mais concentrado em obras comerciais. Hoje em dia, porém, o mercado sustentável alcançou também o mercado residencial.
As certificações ambientais ajudaram na pavimentação desse caminho. As certificações Well e Fitwell, que já falamos aqui em outra ocasião, são um ótimo exemplo de certificações já estabelecidas no mercado corporativo. Essa, nunca é demais lembrar, estão relacionadas com questões de bem-estar, saúde e qualidade de vida das pessoas.
Um bom exemplo no contexto das certificações residenciais é o Edge, sigla de Excellence in Design for Greater Efficiencies. Criado pelo International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, trata-se de uma certificação cujo objetivo é incentivar a adoção de estratégias sustentáveis, sobretudo no que diz respeito a pequenas e médias empresas.
Considera, entre outras coisas, eficiência hídrica, desempenho do consumo de energia, assim como pegada de carbono em materiais. Um exemplo prático do selo Edge é o Bosque da Serra, que possui tal certificação residencial. O condomínio fica em Taboão da Serra, localizado na região da grande São Paulo.
Com as certificações residenciais, o resultado aparece na prática. No caso do Bosque da Serra, houve redução de 21% no consumo de energia, outros 26% no consumo de água, além de 71% de energia ganha graças a novas estratégias adotadas.
Certificação Residencial e a Sustentabilidade
Atualmente, falar em residências com apelo sustentável não soa mais como discurso de outro mundo. O mercado oferece soluções para atender os que se preocupam com questões ambientais. Veja abaixo três excelentes possibilidades para dar um tom mais verde às residências.
Wetlands
As wetlands construídas é uma forma inteligente para construções sustentáveis, que visam preservar o planeta. Logo, a wetland mostra-se como uma ferramenta valiosa dentro de projetos comprometidos com a natureza, sobretudo nos ambientes urbanos.
Em síntese, as wetlands simulam ecossistemas naturais, como a criação de uma lagoa, por exemplo. Por meio dessa reprodução, é possível atuar no tratamento de poluentes e gestão de recursos hídricos. Funciona muito bem em tratamento ou pós-tratamento de efluentes sanitários; tratamento de cursos d' água poluídos; entre outras situações. Os resultados? O reaproveitamento da água, um recurso natural preciosíssimo, redução dos níveis de enchentes, além da ampliação da flora e da biodiversidade no local.
Telhado verde
O telhado verde, também conhecido como telhado ecológico, é um dos sistemas de cobertura mais utilizados em projetos verdadeiramente sustentáveis. O tema está em alta entre arquitetos, sobretudo por conta da eficiência energética.
Uma das características do telhado verde é a aplicação do conceito de biofilia e sustentabilidade no edifício. As vantagens? Redução de ilhas de calor; melhoria do conforto térmico do edifício; melhoria do conforto acústico; regula drenagem de águas da chuva; melhora a sensação de bem-estar; e gera pontos para em Certificação LEED.
Jardim Vertical Natural
Uma das técnicas mais modernas de paisagismo no mundo, o jardim vertical natural vem ganhando cada vez mais simpatizantes em áreas residenciais. Em síntese, trata-se de uma estrutura desenvolvida para sustentar e manter vivas vegetações em superfícies verticais. São leves (podem ser instaladas em qualquer parede sem risco de infiltração) e altamente tecnológicas - a rega e a fertilização são automatizadas.
Além do ganho estético, o jardim vertical natural é muito funcional. Isso porque oferece conforto térmico, filtragem da poluição do ar, além de criar uma barreira acústica em todo o seu entorno.
Hoje, é possível morar em um ambiente agradável, confortável e totalmente comprometido com o meio ambiente!
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